quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Greve em Lagoa de São Francisco-PI: Prefeito e sindicato sentam para negociar

Aconteceu neste dia 19/09 a primeira tentativa de acordo entre professores e prefeito.
O encontro aconteceu na sede da Câmara municipal com mediação pelos vereadores para promover o encontro entre gestão e o sindicato representante da categoria.
Aberta a sessão pelo presidente da Câmara João Arilson, foi facultada a palavra. O prefeito Veridano Melo pediu para expor mais uma vez a situação da administração em relação às dificuldades financeiras em que se encontra o município.
Seguidamente a presidente do sindicato, Noeme Rodrigues, também expôs o motivo e o objetivo da paralisação dos professores. A falta de pagamento dos dois reajustes de 2016 e 2017.
Conhecidos ambos os motivos e antes de escutar propostas, o prefeito pediu para apresentar ao sindicato um novo projeto de fortalecimento do sistema educacional com o reforço e significativo aumento de matrículas, pois segundo o prefeito, esta é uma garantia encontrada pela secretaria de educação para resolver o problema que já se arrasta a mais de dois anos e só aumenta, que é a diminuição de matrículas e consequentemente o números de alunos. 
A manutenção financeira do sistema é do Tesouro Nacional e o repasse só aumenta com o aumento do número de matrículas de alunos.
Para apresentar o projeto, o prefeito Veridiano e a secretária de educação Aurilene, levaram dois representantes de modelo exitoso do projeto, onde foi pioneiro, Capitão de Campos. Estiveram apresentando o projeto " Caminho do Saber", o ex prefeito Moisés Barbosa e a secretária de educação Carina Gomes, que já trabalham comeste modelo desde 2013.
O projeto visa aumentar o número de aulos e com isso garantir o aumento consequente do financeiro a partir já de janeiro de 2018.
O ex prefeito Moisés também falou sobre a greve com sua experiência de dois mandatos sob a gerência do município de Capitão de Campos-PI, e, acha impossível que o prefeito Veridano consiga arranjar dinheiro na atual realidade para quitar os débitos integral. Para ele a saída mais inteligente para ambas as partes será parcelar e colocar gradativamente nos contracheques dos professores de acordo com as finanças do município, mesmo que demore.
"Duas coisas são certas, o débito foi acumulado e não se reduz. Outra é que não se consegue mais esse valor para pagar de uma só vez." Disse o ex prefeito. "Ou os professores e o prefeito acertam parcelados e trabalham juntos para resolver ou irão ficar brigando e o débito aumentando sem chances de receber. A saída é criar mecanismos para gerar receita. Aí é todos juntos." Concluiu Moisés.
Detalhe: As matrículas do projeto Caminho do Saber devem ser feitas ainda este mês para que seja lançadas no senso do MEC até  dia 11 de outubro.
A GREVE
A proposta do prefeito é cortar gastos e conseguir com incrementar a receita para que possa pagar de forma gradual os meses restantes de 2016, começando em 30 de novembro e buscará até fevereiro ter pago o restante de 2016 e em seguida continuar, com o piso de 2018 instalado, pagando o reajuste de 7,68% do ano de 2017 parcelado até quitar e manter as finanças da educação em dias.
Os professores continuam com o movimento grevista enquanto as propostas e contrapostas são trocadas e analisadas por cada parte em busca do entendimento.
O prefeito declarou que já recebeu orientação do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, que se o município não consegue pagar, seria necessário demitir professores, mas o prefeito disse que prefere se demitir a demitir qualquer servidor que trabalha para sustentar a família e não tem culpa pelo que passa o município.
Veridiano pediu apoio aos professores, através dos representantes do sindicato, para juntos resolverem o problema e trabalharem pelo bem da educação municipal e das famílias consequentemente.




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