sábado, 9 de junho de 2018

Defesa consegue liberdade provisória para o PM W. Silva que atirou em Saulo Dugado


O PM Wanderley Rodrigues da Silva, envolvido em uma confusão com o cantor Saulo Dugado na panificadora Ideal, ganhou liberdade provisória na tarde de segunda-feira (28/05). A informação foi confirmada pelo advogado do policial, Pitágoras Veloso.

O policial teve prisão decretada no último dia 22 de maio por descumprir as condições impostas por um primeiro alvará de soltura, lançado em 17 de abril. Isso porque o PM é investigado como um dos suspeitos de furtar R$ 300 mil de um montante de R$ 700 mil roubados do Banco do Nordeste, em Teresina. O fato ocorreu em dezembro de 2017.
Na época, a juíza Valdênia Moura Marques, titular da 9° Vara Criminal, afirmou que W. da Silva não poderia andar armado, mas no dia da briga, ele estava com o revólver na cintura. O PM acertou Saulo com um tiro que atingiu a perna do cantor.
A audiência de soltura aconteceu no início da tarde de do dia (28) e contou com a juíza e outros quatro juízes militares. A decisão pela liberdade provisória foi unânime.
“Ele foi liberado e hoje, mas vai responder pelo processo. O que se tem que entender é que o Wanderley estava cumprindo o seu papel enquanto policial, que é de defender a sociedade. Ele estava lá e poderia passar despercebido, mas trocou a liberdade dele para defender as pessoas que estavam no estabelecimento, não são todas as pessoas que fazem isso”, defendeu o advogado Pitágoras Velosos.
Ainda de acordo com Pitágoras Veloso à reportagem, o PM apresentou um boletim e vai processar o cantor por injúria, calúnia, lesão corporal dolosa e desacato à autoridade. A polícia tem até 30 dias para entregar o relatório sobre o caso.
PM W. Silva dá a versão dele sobre confusão na panificadora Ideal (Foto: Reprodução/Rede Meio Norte)
ME IDENTIFIQUEI SIM COMO POLICIAL
À TV Meio-Norte, o PM afirmou que a confusão já havia começado quando ele chegou ao estabelecimento. Na versão dele, outros clientes tentaram intervir na situação, pois Dugado estaria desrespeitando os funcionários. Wanderley ainda ressaltou que se identificou como policial militar e que iria pedir reforço caso o cantor não se acalmasse. Tal momento é negado por Saulo, que criticou a abordagem do PM.
“Quando entrei na Panificadora Ideal já estava tendo a confusão. De início, eu entrei e observei. O cidadão estava bastante alterado e ofendendo as clientes e funcionárias da panificadora, foi quando uma senhora que estava com a filha falou com ele ‘respeite as mulheres desse ambiente, tem outras pessoas aqui’. Nesse momento, ele a ofendeu com palavras de baixo calão e a filha se levantou em defesa dela. Eu senti naquele momento que ele ia partir para cima da filha da senhora, foi aí que me levantei e me identifiquei como policial e disse que ia chamar uma viatura, e então ele começou a me ofender e ofender minha mãe. Ele pegou a cadeira para me agredir  e entramos em luta corporal”, disse o policial à reportagem.
Ao ser questionado sobre o por quê andava armado, o militar explicou que era por segurança própria.
“Estou na PM há oito anos, trabalhei na força tática por dois anos e meio. De lá para cá, eu conduzi mais de 250 pessoas para a Central de Flagrantes e vários presos eram de alta periculosidade. Não podia sair armado, é minha arma de uso pessoal e eu tenho ela faz tempo. E estava indo para a audiência, marcada para 9h30. Foi quando passei na panificadora para comprar um pão de queijo e ir comendo no carro”, justificou.

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